Um homem público fala de sua doença, que devia ser privada, mas se tornou pública também, por causa do seu cargo público.
Este homem fala publicamente de sua fé, que muitos querem que fique reservada ao plano privado.
O homem, então, diz:
"Se Deus quiser me levar agora, não precisa de câncer para isso. E se Ele não quiser que eu vá, não há câncer que me leve. E tudo indica que Ele não quer me levar agora". E o que diz ele?
Diz que Deus é poderoso ("se Deus quiser me levar"), muito mais poderoso que o câncer ("se Ele não quiser, não há câncer que me leve").
Diz que Deus é bom ("Ele não quer me levar agora").
Ao dizer de Deus, o homem diz de si mesmo, embora não tenha dito (e nem precisa): estou pronto para obedecer (indo ou ficando); como tudo indica que vou ficar, farei com gosto o que tiver que fazer.
Toda vez que falamos de Deus, falamos de nós mesmos.
Mas quando falamos de nós mesmos, não falamos de Deus, porque seria faze-lO à nossa imagem e semelhança.
Nenhum comentário:
Postar um comentário