21 de março de 2012

CARTA AO ITAU - Fantástica!

Esta carta foi enviada ao Banco Itaú, porém, devido à criatividade com que foi redigida, deveria ser direcionada a todas as instituições financeiras. Tenho que prestar reverência ao brasileiro(a) que, apesar de ser altamente explorado(a), ainda consegue manter o bom humor. Poderia ser dirigida a todo e qualquer banco brasileiro...
> Senhores Diretores do Banco Itaú, 
> Gostaria de saber se os senhores aceitariam pagar uma taxa, uma
> pequena taxa mensal, pela existência da padaria na esquina de sua rua,
> ou pela existência do posto de gasolina ou da farmácia ou da feira, ou
> de qualquer outro desses serviços indispensáveis ao nosso dia-a-dia.
> Funcionaria assim: todo mês os senhores, e todos os usuários, pagariam
> uma pequena taxa para a manutenção dos serviços (padaria, feira,
> mecânico, costureira, farmácia etc.).. Uma taxa que não garantiria
> nenhum direito extraordinário ao pagante. Existente apenas para
> enriquecer os proprietários sob a alegação de que serviria para manter um serviço
> de alta qualidade. Por qualquer produto adquirido (um pãozinho, um
> remédio, uns litros de combustível etc.) o usuário pagaria os preços
> de mercado, ou, dependendo do produto, até um pouquinho acima. Que
> tal? Pois, ontem saí de seu Banco com a certeza que os senhores
> concordariam com tais taxas. Por uma questão de equidade e de
> honestidade.
> Minha certeza deriva de um raciocínio simples. Vamos imaginar a
> seguinte cena: eu vou à padaria para comprar um pãozinho. O padeiro me
> atende muito gentilmente. Vende o pãozinho. Cobra o embrulhar do pão,
> assim como, todo e qualquer serviço. Além disso, me impõe taxas. Uma
> "taxa de acesso ao pãozinho", outra "taxa por guardar pão quentinho" e
> ainda uma "taxa de abertura da padaria". Tudo com muita cordialidade e
> muito profissionalismo, claro. Fazendo uma comparação que talvez os
> padeiros não concordem, foi o que ocorreu comigo em seu Banco.
> Financiei um carro. Ou seja, comprei um produto de seu negócio. Os
> senhores me cobraram preços de mercado. Assim como o padeiro me cobra
> o preço de mercado pelo pãozinho. Entretanto, diferentemente do
> padeiro, os senhores não se satisfazem me cobrando apenas pelo produto
> que adquiri. Para ter acesso ao produto de seu negócio, os senhores me
> cobraram uma "taxa de abertura de crédito'"- equivalente àquela
> hipotética "taxa de acesso ao pãozinho", que os senhores certamente
> achariam um absurdo e se negariam a pagar. Não satisfeitos, para ter
> acesso ao pãozinho, digo, ao financiamento, fui obrigado a abrir uma
> conta corrente em seu Banco. Para que isso fosse possível, os senhores
> me cobraram uma "taxa de abertura de conta". Como só é possível fazer
> negócios com os senhores depois de abrir uma conta, essa "taxa de
> abertura de conta" se assemelharia a uma "taxa de abertura da
> padaria", pois, só é possível fazer negócios com o padeiro depois de
> abrir a padaria. Antigamente, os empréstimos bancários eram
> popularmente conhecidos como "papagaios". Para liberar o "papagaio",
> alguns Gerentes inescrupulosos cobravam um "por fora", que era
> devidamente embolsado. Fiquei com a impressão que o Banco resolveu se
> antecipar aos gerentes inescrupulosos. Agora ao invés de um "por fora"
> temos muitos "por dentro". - Tirei um extrato de minha conta - um
> único extrato no mês - os senhores me cobraram uma taxa de R$ 5,00. -
> Olhando o extrato, descobri uma outra taxa de R$ 7,90 "para a
> manutenção da conta" semelhante àquela "taxa pela existência da
> padaria na esquina da rua". - A surpresa não acabou: descobri outra
> taxa de R$ 22,00 a cada trimestre - uma taxa para manter um limite
> especial que não me dá nenhum direito. Se eu utilizar o limite
> especial vou pagar os juros (preços) mais altos do mundo. - Semelhante
> àquela "taxa por guardar o pão quentinho". - Mas, os senhores são
> insaciáveis. A gentil funcionária que me atendeu me entregou um
> caderninho onde sou informado que me cobrarão taxas por toda e
> qualquer movimentação que eu fizer. Cordialmente, retribuindo tanta
> gentileza, gostaria de alertar que os senhores se esqueceram de me
> cobrar o ar que respirei enquanto estive nas instalações de seu Banco.
> Por favor, me esclareçam uma dúvida: até agora não sei se comprei um
> financiamento ou se vendi a alma! Depois que eu pagar as taxas
> correspondentes, talvez os senhores me respondam informando, muito
> cordial e profissionalmente, que um serviço bancário é muito diferente
> de uma padaria. Que sua responsabilidade é muito grande, que existem
> inúmeras exigências governamentais, que os riscos do negócio são muito
> elevados etc e tal. E, ademais, tudo o que estão cobrando está
> devidamente coberto por lei, regulamentado e autorizado pelo Banco
> Central. Sei disso. Como sei, também, que existem seguros e garantias
> legais que protegem seu negócio de todo e qualquer risco.
> Presumo que os riscos de uma padaria, que não conta com o poder de
> influência dos senhores, talvez sejam muito mais elevados. Sei que são
> legais. Mas, também sei que são imorais. Por mais que estejam
> garantidas em lei, vocês concordam o quanto são abusivas.!?!

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